terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Aí freguesinha, vai uma medalhinha????

Receber uma medalha antes de fazer uma corrida é mesmo muito esquisito... não gostei nada da sensação. De qualquer forma está aí o objeto de tanta discórdia!!!


E lá fomos nós para mais uma retirada de kit. Combinei com uma galerinha de nos encontrarmos em frente ao ginásio do Ibirapuera. Então ao meio dia estávamos todos lá: Dani e Vinicius, Claudio, Priscila, Bete, Fabio e eu.


Não deixaria de correr a São Silvestre, por causa “daquela que não se deve pronunciar o nome”, afinal são muitos anos vendo a corrida pela janela (hoje já não vejo mais... mudei de casa) e além disso o esporte é muito maior do que qualquer organização sem graça.


Fui e fiz o meu protesto.




O Claudio e a Pri me acompanharam no protesto, outra parte do grupo ficaram de apoio.



Finalmente recebemos a nossa medalha com o tradicional pacotinho de café e um Gatorade...



Está aqui o nosso exemplo.


Ainda tenho um montão de nariz de palhaço. Aguém quer um???


 Dona D
(fazendo a minha parte! E você, vai fazer a sua???)

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Ô pacato cidadão, eu te chamei a atenção não foi atoa não!!!!

É isso mesmo!!! Estou chamando a sua atenção para a minha, a sua, a nossa medalha!!! A medalha da equipe Baleias para a São Silvestre!!!!

Dá um bizú!!! Ao vivo e à cores para todo o Brasil e o mundo!!!!


Bacana, né? Tudo isso começou quando "aquela que não se pode pronunciar o nome" que organiza a São Silvestre, "enfiou o pé jaca" jogando um balde de água fria nos corredores fazendo muita gente desanimar de uma das provas mais tradicionais do Brasil!!!

Palhaçada!!! O pior é que se você reclama para "aquela que não se pode pronunciar o nome", ainda toma porrada! Olha só o que aconteceu com a Yara Achoa!

Mas como nem tudo está perdido (e que não está mesmo, claro!!!), porque somos muuuuuito maiores do que a "aquela que não se pode pronunciar o nome", nós da equipe Baleias, criamos uma medalha para lá de especial para os corredores da nossa equipe e alguns amigos que também tem o espírito da equipe (é uma pena não ter para todos...). 

Esta medalha, além de representar cada um dos 15km da corrida, representa o espírito da equipe: amizade, companheirismo, energia, animação, dedicação, força, fé e tudo de bom que a gente pode imaginar!

E ainda tem mais uma detalhe, essa medalha ninguém compra! CONQUISTA!!! Uhuuuuuuu!!!!

Dona D

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Feliz Natal!!!

Desejo a todos um FELIZ NATAL!!! Que seja repleto de saúde, paz, alegrias e tudo aquilo que a gente deseja para os amigos!



Ho, ho, ho!!!


Dona D



sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Yescom e a palhaçada do ano!

Isso que é terminar o ano pisando na bola... como que vão entregar a medalha antes da prova??? A medalha representa mais um desafio cumprido. Se para muita gente isso não quer dizer nada, para mim é mais uma vitória!

Se os caras não conseguem se organizar, isso não é problema nosso que pagamos uma fortuna para participar da prova, né!



Reproduzindo texto do Blog Correndo pela cidade:

"Segundo os organizadores, a medida de entregar a medalha antes da prova tem como objetivo tornar mais rápida a dispersão pós-prova.



NA BOA, ISSO È FALTA DE ORGANIZAÇÃO< PQ JÁ NÃO ENTREGA O TROFÉU PRO QUENIANO TB, ASSIM DEPOIS DA LARGADA JÁ PODEMOS TODOS IRMOS EMBORA @Yescom, RIDÍCULA ESSA ATITUDE..


Por favor amigos entrem no site da Yescom no canal de atendimento deles www.yescom.com.br e vamos encher a caixa deles de mensagens, assim receberemos o devido valor ao menos pelo valor que pagamos que é uma nota por essa corrida.


Alguns textos publicados por corredores.


Texto by Jorge Cerqueira

A Yescom, empresa que organiza a São Silvestre, anunciou algumas novidades para a edição deste ano, a 86a. da prova de corrida mais tradicional do país. Entre todas elas, uma eu aprovei e outra odiei. O legal é que o chip agora é descartável, uma espécie de fita adesiva que vai grudada no cadarço. Mas outra medida tomada também para evitar a muvuca eu desaprovei: a medalha de participação será entregue no kit, aquele que você retira um dia ANTES de correr. Ah, aí não tem graça. A medalha é uma lembrança para quem vai lá, se espreme na multidão na largada, sua a camisa, percorre os 15k, sobe a Brigadeiro e cruza a linha. Basta um esquema de entrega eficiente da medalha na chegada que não tem stress. O corredor não precisa nem parar para pega-lá, segue caminhando, pega, e ruma para casa. Isso é um absurdo e não podemos aceitar isso. Por favor amigo(a)s sei que muitos de vocês não vão correr a S.Silvestre, mas lhe peço que repasse essa mensagem para os corredores e se for possível entre em contato com a Yescom no canal de atendimento deles www.yescom.com.br e deixe uma reclamação também.

Texto by Rodolfo Lucena ( Folha )

O Twitter e demais comunidades em que corredores brasileiros se encontram ferveram hoje depois que os organizadores da São Silvestre divulgaram uma inusitada novidade para a prova deste ano. A medalha de participação, que premia o esforço do corredor, será entregue junto com o kit –antes, portanto, de o inscrito enfrentar os 15 km de asfalto, umidade, calor e subidas que caracterizam a São Silvestre. A medida, afirmam os organizadores, tem como objetivo tornar mais rápida a dispersão pós-prova. No comunicado em que formaram a novidade, os organizadores dizem: “Com isso, ao final da corrida, o atleta poderá dirigir-se direto ao guarda-volumes pegar seus pertences e comemorar o final de ano com mais conforto”. “São Silvestre #fail”, disse uma corredora, usando expressão comum no Twitter para indicar fracasso. Outros colocaram: #palhaçada e Ri-dí-cu-lo, para ficar apenas nas expressões permitidas em conversas de salão. A comunidade da São Silvestre no Orkut abriu discussão sobre o tema, e todos os comentários publicados até a hora em que escrevo esta mensagem (foram poucas, apenas quatro) detonaram a iniciativa. No Twitter, houve quem sugerisse que os organizadores entregassem logo o troféu para o Marílson, enquanto outro achou boa a idéia de correr a prova de costas... Também surgiu a proposta de um movimento concreto de proposta: um corredor sugeriu que os inscritos retirassem o kit (que também inclui camiseta, número do peito e chip de cronometragem), mas deixassem a medalha. “Fala que vc quer receber na Paulista, no pescoço, depois de completar a prova”, recomendou um tuiteiro. Já Joel Leitão, que assina o blog Corredor Disciplina e se apresenta como “...advogado empresarial consultivo e contencioso”, fez valer sua experiência em direito e produziu um texto em que argumenta que a medida tomada pelos organizadores da São Silvestre é "ilegal, imoral e engordativa" (veja o texto AQUI). Bueno, vamos ver como fica essa história."
 
A gente já engole muitos sapos da Yescom,  mas esse aí foi de lascar!

No mínimo deveríamos entrar no site da Yescom e nos manifestarmos!!! Vai lá e deixe a sua indignação! http://www.yescom.com.br/.

É isso aí! Se não fosse nós corredores amadores que pagamos uma fortuna em corridas, esperamos a largada às 9 da manhã, nada disso teria sentido, né!

Ainda temos muito o que reclamar, né!

Muuuutley, faça alguma coisa!!!!! kkkkk



Dona D


P.S.: Bem que a gente poderia usar nariz de palhaço na largada. Eu tenho alguns. Quem quer?

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Me engana que eu gosto!

Eu venho me sabotando já faz um mês meis ou menos, mas ontem fui obrigada a assumir isso de vez. Uma coisa a gente tem que ter sempre em mente, se a gente não fizer pela gente, não podemos esperar de ninguém e muito menos de um milagre!

Tudo começou antes do almoço, quando dei a primeira desculpa para não treinar... "Ihhhhhh, a chafa está de mau humor... é melhor não exagerar no horário do almoço e treino mais tarde...", aí depois começou a chover e mais uma desculpa "Ahhh, está chvendo!!!!" (isso porque dentro da academia não chove, né!), e mais uma "Corri ontem. Hoje eu descanso...", e assim por diante, um montão de desculpas! Isso é que é se sabotar, né!


Claro que no final venci esta batalha mais da sem graça do mundo e acabei indo para a academia para fazer a aula de spinning. Mais imagina só que saí de casa suuuuper atrasada che guei na academia na maior chuva e acabei trancando o carro com a chave lá dentro!!! Opa!!! Isso sim era uma boa desculpa para não fazer a aula e ficar enlouquecida!!! Mas aconteceu o contrário. Fui para a aula na maior tranquilidade... pasmem! Para falar a verdade até eu me surpreendi com a forma que encarei o problema.

Se a gente reparar, estamos sempre com uma desculpa para alguma coisa, para não treinar, para treinar menos, para sabotar a dieta...

A gente tem mais medo que vergonha, né! Que feio!

Então, vai ficar a pergunta, "Qual foi a sua desculpa mais esfarrapada para não treinar???" ou então "Qual a sua desculpa para fugir do regime???"...

Me manda a sua resposta, vou fazer uma lista com todas as desculpas!!!

Dona D

domingo, 12 de dezembro de 2010

Treininho de domingo

Juro que quando marquei com o Claudio na Avenida Paulista em frente ao MASP as 6 horas da manhã, fiquei pensando "6 horas da manhã!!! Puxa, acho que exagerei!!!". É aquela história, para fazer coisas legais a gente acorda cedo sem reclamar!

Não deu outra, as 6 estávamos lá!

É no meio que está a virtude....

Ah, já estava me esquecendo... nós fomos fazer o percurso da São Silvestre. Já é a segunda vez que faço esse percurso em menos de um mês! E por falar em São Silvestre,  você já leu o meu Roteiro Corrístico???

Nós até convidamos algumas pessoas e eu ainda avisei lá no Twitter, mas parece que ninguém se animou. No entanto, encontramos muito corredores pelo caminho... todo treinando para o último dia do ano!

Preparamos nossos frequencímetros, localizei os satélites no meu Garmin e iniciamos o nosso treino. Muita corrida e bastante conversa!!!! Isso é que é começar um dia em grande!!!! Claro, que eu ainda tenho a minha Banda "suuuuuuper legal" que ainda fica me assombrando, mas isso não era motivo pra não treinar (ou era???).

Fui, quer dizer, fomos!

E agora, algumas imagens do nosso treino:




















Valeu meninos!!! Belo treino!

E você deve estar se perguntando, "E o percurso???". Bem, só posso dizer que, com certeza, você vai curtir muito!!!



Dona D

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Terceira parte do roteiro mais corrístico do mundoooooo!!!!

Ufa.... e depois dizem que 15 Km é pouco!!! Olha só quanta coisa a gente já viu!!! E ainda faltam 5 Km!!!


Você por acaso sabe a diferença entre praça e largo??? Claro que eu tive que pesquisar, então recorri aonde sempre recorro... Wiki! Wiki! Wiki! Vamos lá então: “Em uma definição bastante ampla, praça é qualquer espaço público urbano livre de edificações e que propicie convivência e/ou recreação para seus usuários. Normalmente, a apreensão do sentido de "praça" varia de população para população, de acordo com a cultura de cada lugar. Em geral, este tipo de espaço está associado à idéia de haver prioridade ao pedestre e não acessibilidade de veículos, mas esta não é uma regra. O termo também pode, no contexto militar, se referir a uma categoria de sargentos.


No Brasil, a idéia de praça normalmente está associada à presença de ajardinamento, sendo os espaços conhecidos por largos correspondentes à idéia que se tem de praça em países como a Itália, a Espanha e Portugal. Neste sentido, um largo é considerado uma "praça seca".” Entendeu???

Saindo da Avenida Rio Branco, chegamos ao Largo do Paissandú (Uhuuuuu!!)! E você acha que esse nome é de origem indígena, como muitos que temos aqui em São Paulo??? Hummmm... desta vez você se enganou legal!!! Olha só, esse nome, "Paissandú", começou com a presença do Brasil na Guerra do Paraguai. Em 1864 O Brasil enviou um pelotãodno Exército, comandado pelo General Menna Barreto, para atacar Paissandú. O cerco por ali durou quase um ano (Nossa, cansei!!!), quando as tropas abriram o caminho que desejavam até Montevidéo. Aí, já pode imaginar. Esse nome ficou super famoso na época e então o largo acabou recebendo o nome.


Mas... que raio de largo era esse??? Então, tudo começou com a história do conhecido Tanque do Zuninga. É eu sei o que você pensou agora, "conhecido!!!". Bem, esse tanque deu nome a toda aquela região e que saia de um riacho chamado Lacuba. Esse riacho se espalhava ali pela Avenida São João, Paissandú e toda região formando diversas lagoas. Você consegue imaginar isso???


E justamente por causa dessas lagoas que o atual Largo Paissandú chamava-se Praça de Alagoas! Ah, o tal Tanque de Zuninga, era chamado dessa forma porque num recesso baixo do terreno, as águas das alagoas se juntavam em aspecto de tanque.

Lembra quando eu disse que era possível ver a Torre Banespa de outros pontos do percurso??? Hã??? Olha aí então!

É lá no Largo que podemos observar também os fundos da Galeria do Rock... Foi fundada em 1963, com o nome de Shopping Center Grandes Galerias e hoje é possível encontrar o maior sincretismo (sempre quis usar essa palavra...) tribal-musical. Quem já sabia???


Let's rock!!!!

Pois é, a Galeria do Rock possui mais de 400 espaços comerciais, mais de 300 são lojas, sendo dividida em Hip-Hop no Subsolo, Skate e produtos mais populares no térreo, Rock nos Primeiro, Segundo e Terceiro Andares e Silk Screen e estamparias em geral nos terceiro e quarto andares. E se você quiser fazer uma tatoo lá irá encontrar muitas opções...

E do Largo seguimos em direção ao Viaduto do Chá, mas antes de chegar lá, do nosso lado direito evamos encontrar todo imponente em meio a um restauro, o Teatro Municipal.


Nem preciso dizer que é um dos mais importantes teatros de cidade (em contexto histórico, né!!!) e sem contar que é um dos cartões postais daqui da cidade. Foi lá que aconteceu o marco inicial do Modernismo no Brasil... sabe o que é que aconteceu lá em 1922????




Claro que não preciso dizer que foi construído para atender o desejo da burguesia paulista da época que estava enchendo o caco de ganhar dinheiro com o café e aí bancaram um teatro à altura dos grande centros culturais da época, assim como promover a ópera e o concerto.

Com o seu estilo arquitetônico eclético, muito na moda na Europa desde a segunda metade do século XIX (estilos Renascentista, Barroco do setecentos e Art Nouveau) foi construído pelo escrtóio de Ramos de Azevedo e sua inauguração que estava marcada para 11 de setembro de 1911 foi adiada um dia... Afff!!!

Do outro lado da Praça Ramos de Azevedo está o Shopping Light. Quem é de São Paulo, já deve ter ouvido a celebre frase: “Apaga a luz aí, você acha que eu sou sócio da Light???”, sem contar aquela suuuuper tradicional “Pamonhas, pamonhas, pamonhas. Pamonhas fresquinhas. Pamonhas de piracicaba!KKKKK, mas isso já é outra história, né!

Voltando ao Shopping Light, este é o antigo edifício-sede da Light São Paulo, batizado de Alexandre Mackenzie, em homenagem a um dos sócios da empresa. Foi construído na década de 1930, e lá pelos anos 90 foi internamente adaptado para ser utilizado como um shopping center (o Shopping Light), porém externamente conserva as características originais.

Antes, ainda podemos avistar o Edifício Sampaio Moreira. "E...", você deve estar pensado... Pois é, concluído em 1924, foi o primeiro "arranha-céu" (Ó céus!!! De novo...) de São Paulo, com 13 andares, porão e ático, e seus 50 metros de altura. Este edifício rompeu com os padrões horizontais das construções inspiradas em linhas francesas, ornamentadas, para as linhas americanas, verticais. Ele está super bem conservado e lá se localiza um dos patrimônios comerciais da cidade, a tradicional mercearia Godinho, famosa pelo excelente bacalhau norueguês que comercializa, além de vinhos, destilados, azeites, compotas, entre outros. Preços bons...


Dá uma olhada que espetáculo!
 

Finalmente vamos atravessar o famoso Viaduto do Chá!!! Primeiro viaduto da cidade inaugurado no dia 6 de novembro de 1892! Embora este tenha sido planejado em 1877 e os trabalhos começaram em 1888... Sabe o que aconteceu??? Como sempre tem a galera do contra, os trabalhos foram interrompidos um mês depois do inicio, por causa da resistência dos moradores da região, entre eles o Barão de Tatuí, que iria ficar sem sua casa pois seria uma das desapropriadas. Até o dia em que a galera a favor botaram a mão na massa! Armaram-se de ferramentas e atacaram uma das paredes do sobrado onde o Barão vivia, forçando-o a se mudar. Aí a construção do viaduto foi retomada em 1889, com estrutura metálica vinda da Alemanha. No dia da inauguração caiu uma baita chuva acabando com a grande festa que estava acontecendo.



Além de ser o primeiro viaduto, foi o primeiro pedágio!!! A Companhia Ferrocarril, cobrava três vinténs de pedágio de quem atravessasse o rio Anhangabaú pelo viaduto!!! A outra opção era atravessar o rio a nado ou de barquinho!

Do outro lado do Viaduto está junto a Praça do Patriarca, encontra-se o Palácio do Anhangabaú, ou mais conhecido como a sede da prefeitura da cidade de São Paulo, ex-Banespa. Na cobertura deste edifício se encontra um jardim fantástico com espécies raras vindas de outros países.


Logo entramos na Rua Líbero Badaró e para nossa surpresa encontramos o Largo São Francisco. Aqui encontramos um montão de edificios legais: Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, Igreja da Ordem Terceira da Penitência, Convento de São Francisco e o primeiro edificio do Automóvel Clube da cidade. Ah, e também o marco zero da avenida Brigadeiro Luís Antônio! Uhhhhhh.... que meda!

Legal, né!

Começando pelo antigo edifício do Automóvel Clube. Não se tem muito para falar e provavelmente pouca gente sabe da existência deste edifício. Foi construído em um terreno bastante difícil e com um orçamento bastante limitado. Este prédio tem a planta em forma de triângulo isósceles e foi inaugurado em 1932.


É no Largo São Francisco que encontramos um dos mais expressivos e antigos conjuntos da arquitetura religiosa da cidade de São Paulo. Você sabia disso??? Falar de igreja é sempre complicado, porque sempre tem muitos detalhes. Vou tentar facilitar ao máximo, ok?


A Igreja da Ordem Terceira da Penitência de São Francisco, também conhecida como Igreja da Fraternidade das Chagas. Fica ao lado da Igreja de São Francisco (é aquela cinzinha....).

Ela foi fundada em 1676, nos primeiros tempos da Ordem Terceira, na época era apenas uma capela.  Em 1783, foi demolida e em 1787  foi construida essa na qual podemos ver hoje. Em 1918, descobriu-se os restos mortais do Padre Feijó os quais foram trasladados à cripta da atual Catedral da Sé.

A atual igreja tem imagens de Santo Ivo doutor (cujo andor foi instituído em 1784) e da Divina Justiça. Os antigos quadros oitocentistas que representam São Gualter, São Francisco, Nossa Senhora e as várias fases da paixão de Cristo estão lá, ainda que precisando de restauração. O hodierno altar mor é o de São Francisco recebendo as chagas, que rivaliza em beleza com o antigo altar mor da Imaculada Conceição, hoje um altar lateral.

Já a Igreja de Ordem Primeira, ou simplesmente Igreja São Francisco de Assis, começou a ser construída em 1642 e inaugurada em 164. Ela foi construída em taipa de pilão e suas paredes têm 1,5 metros de espessura!!!! As reformas no século XVIII dotaram características barrocas até que, em 1884, a fachada foi modificada e a entrada central foi aberta (esse pessoal adora descaracterizar um edifício!). Seu interior é simples, mas conta a história dos padres franciscanos em imagens, inclusive algumas portuguesas de grande valor como a de São Francisco, considerada a mais bela de um convento franciscano no país. Também é possível admirar pinturas da Virgem e de São Benedito.

O Convento de São Francisco obteve autorização para sua fundação em 29 de novembro de 1624, mas a construção só teve início em 1639. Como o primeiro local foi considerado impróprio, frei Francisco das Neves determinou uma segunda construção, em 1644. Feito de paredes de taipa e largos beirais, o convento seguia a "tradição construtiva da região de São Paulo".

Em 1828, o governo requisitou (meio que confiscando...) o edifício, retirou os religiosos, e o transformou em Academia de Ciências Sociais e Jurídicas, onde hoje funciona a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.


Em 1933, teve início a demolição do convento, que ainda se achava em boas condições. Nessa ocasião, foram encontrados esqueletos humanos misturados à argamassa (Uia, que medo!!!). Concluiu-se então que as paredes do antigo convento tinham servido de sepulcro aos monges (Sinistro!). Assim, apesar da demolição, as arcadas do convento tornaram-se o símbolo da Faculdade de Direito. A construção foi dada como acabada em 1938, mas só terminou completamente na década de 1950. Olha aí como ficou!


Você sabia que foi enterrada uma Capsula do Tempo aí na frente da faculdade??? Legal, né!

E assim a gente entra na Avenida Brigadeiro Luís Antônio... por acaso alguém já ouviu falar??? Esta avenida é uma importante avenida da cidade de São Paulo, que liga o centro à região da Paulista e à zona centro-sul da cidade.

Olha o início da subida! Isso é só o começo...


Esse é o famoso Castelinho da Brigadeiro.


O antigo Hotel Danúbio, ou o que sobrou dele...


 Eu morei aqui... Via a são Silvestre de camarote!!!


 Aqui você ajoelha e reza!


 Esquina da Brigadeiro com a Paulista.... está quase!


 E aqui termina o percurso e o roteiro corrístico!


Espero que tenha gostado...

Uma ótima São Silvestre!

Dona D

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Roteiro corrístico... descobrindo mais um pouquinho do percurso...

Onde é que tínhamos parado mesmo??? Hummmmm.... Ah... Praça da República!



Well, a Praça da República, já foi conhecida como Largo dos Curros, porque era neste local que os paulistanos do século XIX assistiam a rodeios e touradas (Olééééééé!!!). Depois foi chamada de Largo da Palha, Praça das Milícias, Largo 7 de Abril, Praça 15 de Novembro e, finalmente, em 1889, Praça da República... eita, criatividade para nomes!!!!


Esta praça foi construída a partir do modelo de urbanização européia (imitando de novo!!!), tentando fazer um elo entre o chamado 'centro velho' e o 'centro novo'. E em 1894 foi escolhida como o endereço da Escola Normal Caetano de Campos, edifício planejado por Antônio Francisco de Paula Sousa e Ramos Azevedo (olha ele aí de novo!).


É aqui nesta praça que funciona uma feira de arte e artesanato que começou em 11 de novembro de 1956 com uma barraquinha de selos (aquelas estampinhas que a gente cola em envelopes de cartas, lembra???) e hoje abriga mais de 600 barracas que comercializa principalmente artesanato vindo dos estados do Norte e Nordeste do Brasil, além de países vizinhos, como o Peru e a Bolívia.

Do outro lado da avenida, bem apagadinho, está o Edifício Esther. Está aí um local que ninguém dá a mínima!!!


Este edifício, marco da arquitetura modernista, foi inaugurado em 1938. Foi projetado por Álvaro Vital Brazil e Adhemar Marinho em 1936. É um predinho com doze andares que teve algumas novidades como o uso no terraço-jardim, janelas juntas e fachada geométrica. Sem contar que é um prédio de uso misto, com 103 escritórios e unidades residenciais simples e duplex.

Foi aí onde existiu a primeira sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil e o Clube dos Artistas e Amigos da Arte. Nele moraram Di Cavalcanti e o lendário jornalista e cronista social Marcelino de Carvalho. E ainda, o arquiteto modernista Rino Levi também teve seu escritório lá.

Nos anos 50, a badalada boate Oásis, no subsolo, funcionava como reduto de intelectuais.

Lá pelos anos 80, quase demoliram o prédio... mas por sorte do destino e por tratar-se de uma importante obra da arquitetura paulistana, o Edifício Esther foi em 1990, preservado e tombado pelo CONDEPHAAT (conheço esses tombamentos!!! Olha o que está acontecendo com a Vila Itororó!!! Mas isso é uma outra história...). Uhhhh!!! Dizem que está em processo de restauração... faz anos!!!

E como diz meu tio “Toca a andar!!!”

Seguindo a Avenida Ipiranga, viramos à esquerda na Avenida São João... ahhhhhh... Pausa!!!!! Tenho que cantar de novo!!!

"Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas"

Em 1978 este cruzamento (das avenidas Ipiranga e São João) se transformou em um dos pontos mais famosos da cidade de São Paulo, especialmente do centro da cidade. Graças a quem??? Ao Caetano Veloso que gravou a música "Sampa". A verdade é que ele conseguiu poesia em um local bem decadente na época...


É neste cruzamento que se localiza o Bar Brahma. Lugar bacana e o preço um tanto quanto razoável... deixo aqui o convite para quem estiver por aqui nas vésperas da prova!!! Podem me cobrar!!!

E é neste cruzamento é possível avistar o edifício Altino Arantes mais conhecido como Torre do Banespa (na verdade é possível avistá-lo de vários pontos da corrida). Por acaso já esteve lá em cima??? Tão legal!!!! Aliás, será possível avistá-lo de outros pontos do percurso.


Este é mais um edifício emblemático da capital paulista, onde é o 3º mais alto da cidade e o 4º do Brasil (há controvérsias...). Começou a ser construído em 1939, para sediar o Banco do Estado de São Paulo (Banespa), e foi inaugurado em 1947. Durante mais de uma década foi o mais alto da cidade, até ser superado pelo Mirante do Vale, em 1960. Seu projeto inicial foi alterado para fazê-lo à semelhança do Empire State Building, em Nova Iorque (brasileiro adora imitar gringo!!!). Logo após a inauguração, na década de 1940, chegou a ser considerado a maior estrutura em concreto armado do mundo!!!

Seguindo a Avenida São João Encontramos uma das entradas (e um baita funil na corrida...) do “Minhocão”... ou menos conhecido Elevado Presidente Costa e Silva.


Está aí uma obra que causou aqui em São Paulo. Mas também, após 11 meses de obras o "Minhocão" que liga a região central à zona oeste da cidade, engoliu o espaço gigante da paisagem... esse tal elevado tem 3,4 quilômetros.

Imagina uma ponte passando a 5 metros da sua janela!!!!


Essa é mais uma obra que recebeu diversas críticas, sendo chamado de “cenário com arquitetura cruel” e “uma aberração arquitetônica”. Ainda hoje não é bem visto pela população da região, devido à desvalorização de seus imóveis e à deterioração do local. Dizem que vão demolir... hummmm.... não creio!

Olha aí algumas curiosidades:
  • O Elevado Costa e Silva já foi cenário de filmes, como o longa “Terra Estrangeira”, de Walter Salles.
  • “As Meninas”, adaptação do romance de Lygia Fagundes Telles dirigido por Emiliano Ribeiro e protagonizado por Cláudia Liz e Otavio Augusto.
  • ”Não Por Acaso” de Philippe Barcinski.
  • "Ensaio Sobre a Cegueira", dirigido por Fernando Meirelles e protagonizado por Mark Ruffalo, Julianne Moore, Alice Braga, Danny Glover e Gael García Bernal.
  • Também foi utilizado na série da HBO "Alice (série)".
  • É utilizado na Corrida de São Silvestre (essa a gente já sabe, né!!!), em apenas uma parte de sua extensão.
Após de 6 quilômetros de Minhocão (vixe, essa frase ficou esquisita...) a gente chega na Barra Funda, bairro da zona oeste da cidade! E ainda não estamos no meio do percurso, consequentemente do Roteiro!!! Afe!


Do nosso lado direito encontraremos o Parque da Agua Branca que foi criado em 2 de junho de 1929 pelo Secretário de Agricultura Dr. Fernando Costa. Este parque tinha como objetivo abrigar exposições e provas zootécnicas.


Dizem que na época da inauguração a Avenida Água Branca sequer havia sido asfaltada!


É neste bairro que vamos encontrar o Memorial da América Latina lá pelo Km 7,5 da prova. Esta aí um lugar do qual a idéia que ele representa me agrada muito, embora a estrutura física está muito longe de representar o espirito latino americano... quem já viajou pelo continente sabe do que estou falando. Vou tentar ser imparcial aqui!


O Memorial da América Latina foi inaugurado no dia 18 de março de 1989 sem nenhuma amostrinha de vegetação!!! A idéia era criar um centro cultural, político e de lazer. O projeto cultural foi desenvolvido pelo antropólogo Darcy Ribeiro e o conjunto arquitetônico foi projetado por Oscar Niemeyer (eu pessoalmente não acho que foi uma boa idéia, mas...).


  
O complexo é constituído por vários edifícios dispostos ao longo de duas áreas unidas por uma passarela, que somam ao todo 25.210 metros quadrados de área construída: o Salão de Atos, a Biblioteca Latino-Americana, o Centro de Estudos, a Galeria Marta Traba, o Pavilhão da Criatividade, o Auditório Simón Bolívar, o Anexo dos Congressistas e o edifício do Parlamento Latino-Americano. Na Praça Cívica, encontra-se a escultura em concreto, também de Niemeyer, representando uma mão aberta, em posição vertical, com o mapa da América Latina pintado em vermelho na palma.


Para Darcy Ribeiro, o projeto se baseava na premissa de propor o agrupamento das diferentes realidades latino-americanas em uma única problemática, apoiando-se nas consistentes similaridades entre os povos da região. Já para Niemayer construção do memorial representaria a oportunidade de aplicar no Brasil os avanços tecnológicos utilizados na década anterior no projeto que executou em um projeto em Alger. A volumetria dos principais edifícios seria resolvida por meio de grandes superfícies de concreto e vidro, com contrapontos verticais bem marcados. Os edifícios seriam dotados de estruturas ousadas - destacando-se, sobretudo, a biblioteca com os apoios situados fora do prédio, unidos por uma viga de 90 metros de extensão, permitindo um interior totalmente livre, e o auditório com três abóbadas, podendo ser considerado como uma espécie de releitura de seu trabalho na Igreja da Pampulha (por acaso até lembra!!!). A unidade do conjunto seria garantida pelo uso generalizado de superfícies curvas, pintadas de branco. E nada de vegetação!


A escultura principal é a Mão (que eu adoro!), escultura de Oscar Niemeyer, em cuja palma vemos o mapa da América Latina como que em sangue (para mim ele se baseou no título do livro do Eduardo Galeano “As veias abertas da América Latina”). É um emblema deste continente colonizado brutalmente e até hoje em luta por sua identidade e autonomia cultural, política e sócio-econômica.


Ups!
Até o quilômetro 10, é um passeio por alguns bairros, sem nada significativo... neste ponto entramos no Campos Elíseos. Ex-bairro chiquérrimo, hoje detonado e deteriorado da cidade.

Aqui tem muita história para contar! Foi o primeiro bairro nobre da cidade, onde se fixaram vários dos antigos e abastados fazendeiros do café. Hummmm... café!!! Voltando!

O bairro dos Campos Elíseos foi idealizado e loteado por empresários suíços no final do século XIX, em 1878. Além das chacaras a serem loteadas, a localização era privilegiada: próximo da Estação de trem Sorocabana (estação Julio Prestes), também inaugurada em 1878 e da Estação da Luz e, ao mesmo tempo, não muito longe do centro da cidade, os terrenos do loteamento eram ideais para abrigar as mansões e residências dos barões do café quando vinham à capital a negócios. Chique, né!!!


Por lá também estava o Liceu Coração de Jesus, colégio famoso da época e o principal hospital da cidade na época, a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Foi na década de 30, quando começou a decadência... os cafeicultores estavam com dificuldades financeiras e então começaram a optar por mudarem para outros bairros, muitos casarões e mansões foram demolidos, cedendo espaço a prédios de apartamentos. Outros continuaram de pé, sendo alugados e sublocados, transformando-se em pensões, cortiços e moradias coletivas precárias. Xiiiiiii!!!!

Tudo piorou com o processo de decadência e esvaziamento do centro da cidade, a partir da década de 1970, com a transferência de muitos escritórios para a região da Avenida Paulista...  Aí pronto! Já era!

Well... ainda temos muito para ver... mas isso vai ter que ficar para amanhã...

Dona D


P.S.: Você já mandou a sua foto para o novo mosaico???? Ah, não se esqueça do sorteio!